Neste céu que é meu abrigam-se sonhos e tumultos de cidades a abarrotar de nadas. E o céu sabe lá do que é que as cidades vivem, o que será que as alimenta e onde dormem à noite. O céu sabe lá! Mas vê nas cidades as pessoas que se cruzam num amontoar de sombras (...)
O sol nasceu. Os pássaros voaram para cima dos telhados, ainda frios da noite que passou. As pessoas sentaram-se na esplanada para saborear sem pressa os seus cafés e croissants. Um cão deitou-se no chão entre dois suspiros e o peso da preguiça - ou da idade. Carros (...)
És aquele que arranca palavras às nuvens na madrugada calada e chuvosa, entre o fumo do café que arrefece à tua frente e a folha em branco que te espera, não sabendo se vive ou morre. Arrancas palavras às nuvens e elas pensam que é chuva que delas cai. Tu, num ai (...)
A conversa permanece fluída entre nós mas só as tuas mãos me aquecem nestes dias de frio extremo - porque as palavras, indefesas que são, gelam assim que embatem nos céus negros e ocos que nos quebram. Por isso, por ora, deixa as palavras repousarem no silêncio onde (...)
Acreditar que este novo ciclo será melhor que todos os ciclos já passados. Acreditar nas nossas capacidades, no nosso potencial, no nosso direito a concretizarmos (pelo menos!) alguns dos objetivos por nós traçados - e alguns sonhos por nós sonhados. Acreditar que (...)
A todos, votos de um Natal pleno de harmonia. Nem todos conseguirão ter a capacidade de vivenciar esta época festiva como gostariam mas, ainda assim, que sejam dias tranquilos na medida do possível. Que se celebrem as boas recordações, que se criem novas e boas (...)
Deito-me no deserto das tuas mãos (Imenso vácuo de noites sem sonhos), Enrolo-me no espaço dos teus braços que me seguram, Cheios de galáxias mais antigas que este mundo, E reconstruo-me, Enquanto contas histórias de vidas passadas E enormes cidades erguem-se junto (...)
Num silêncio sem nome, Esquece a noite as suas origens, Esquece desígnios escritos a rigor, E todos os lugares maiores do que ela. Num silêncio sem nome, Perde a noite o seu rumo; Abdica dos Deuses do Mundo E deixa cativos os recados Aquele que se esconde para além Do (...)
Esvoaça a folha seca nas rajadas do vento impiedoso. Enquanto altiva expõe a sua cor dourada pelas janelas e parapeitos por onde passa, esconde nos seus veios sem vida um pouco do verão que se afasta de ombros descaídos, contendo muito a custo suspiros melancólicos. S (...)