Há caminhos feitos do teu nome traduzido em sombras quebradas,
O despir da luz que escorrega do sol presente, cuidado...
Percursos onde se devastam formas, cores,
Despem-se barulhos, cheiros,
Significados indecifráveis;
Quando vagos pensamentos alinham-se,
Alinhavam-se
E acomodam-se empolgados ao vento que não sopra,
À chuva que não cai,
Ao momento cercado por passos soltos que dou!
Há caminhos simétricos pelos quais passaste,
E voltarás a passar,
Deixando o mistério imparcial das grandes palavras sem som,
Quando fervilham os minutos sem pressa,
Onde se esticam as curvas adormecidas,
O vasto ecoar transparente do passar dos dias.
Há caminhos que apetecem, ficam, fazem-se,
Conduzem às incógnitas disfarçadas de amor,
Onde o final desapegado é início,
Descoberta, entendimento,
Onde estás sempre tu
(Origem e finalidade)
Feito constante recomeçar meu
Em alegria, dança.