Ponto de Equilíbrio
Ah, tu sabes!
Há o sabor das manhãs abertas ao mundo, cheias de sonetos e aguarelas, quando sentimentos bons deslizam nas horas paradas no tempo, e risos se cobrem da maciez âmbar do outono!
Há as palavras de coloridos versos que se estendem lá longe, onde a linha do horizonte reativa promessas desfeitas, onde voam as gaivotas que embarcam nas nossas palavras não ditas, e que tanto dizem nos olhares entre nós trocados. Peças de puzzle.
E há o mundo, complexo e frágil ante o universo que nos abriga, cheio de todas as atribulações e intuições - as minhas.
Chegaste e és tudo isso. Sedução, alfabeto desfeito e recriado, para dar sentido a novos eventos. O novo ponto de equilíbrio.
Não importa a ordem do dia, apenas conta a proximidade tímida e serena que nos une, algo como embarcações que rumam em direção ao pôr-do-sol, acompanhadas pelo canto das baleias-jubarte.
Tanto se diz no tudo que fica calado... Mas tu sabes! Se não souberes, eu mostro-te.