Se eu pudesse levava-te um pedaço de mar. Não um mar qualquer, mas aquele mar que é cada traço da palma da tua mão. E é teu esse mar, essas praias que vezes sem conta percorreste. É teu e só teu, de hoje em diante, para sempre. Nele és rei, dele és rei. E não (...)
Quem sabe? Talvez num dia quente de verão, cheio de luz dourada tombada por todos os lados ao mesmo tempo, eu me cruze contigo? Quem sabe? Talvez nesse instante, no abafar da hora alta da tarde, tu me olhes nos olhos e, num reconhecimento caído entre nós (como cai (...)
Se eu for ter contigo, abraças-me? Deixas que os nossos corpos juntos nesse enlace Esqueçam os olhares curiosos de quem por nós passa E se juntem ainda mais Na ansiedade muda um do outro? Se eu aceitar dar-te a mão, Levas-me pelas ruas abertas A ver casas, montras e (...)
É uma fuga de nós mesmos, mas que acaba por nos conduzir a quem somos: não apenas gente entre gentes, mas algo mais concreto, que oscila entre o animal, o humano e o divino. É isso que sinto ao ler-te: a fuga, o mistério, a sensação de descoberta, o reconhecimento (...)
É primordial esta chuva que se impregna dos apelos que te deixo, na manhã ainda inacabada. É esta a hora do tanto querer, e a chuva conhece-me bem. Também tu. Sabes o que este corpo meu insinua quando decompõe devagar o teu nome, e quer tornar esta espera inocente (...)
" (...) Não tenho varinha de condão... mas fecha os olhos. Sentes a brisa? Sou eu..." Costumas pensar o mundo como se ele fosse as linhas da palma da tua mão, e foi com essa postura que um dia, há tantos outonos atrás, chegaste a mim, transcendendo tudo e todos. (...)
Chegaste de um mistério que só agora compreendo. Desvenda-se o segredo: é feito de amor, este amar! E o minuto avança, e o céu muda de cor, excede-se em grandeza numa dança superior de translúcidas palavras ainda não inventadas, que dançam do teu nome ao meu! Letr (...)
Hoje, abraço-te. Abraço-te num abraço sem planalto nem cansaço, Flores soltas, Beijos carregados na euforia de um regaço Onde pousam conjugações já nossas. Abraço-te, Na certeza de que fazes parte das sílabas que solto na escrita, Numa equação voraz de vontades (...)
O nevoeiro murmura palavras que me levam a ti, palavras com uma sonoridade ímpar que ressoa de tal forma pelos cantos do mundo que jamais deixará de ser ouvida. Conheço-te bem, desde tempos já há muito esquecidos porque há muito que deixaram de ser contados pelo (...)
Tenho uma interpretação muito singular (e não será das mais bonitas) acerca da época festiva vivida em torno do conceito de Natal. Ainda assim, e não querendo quebrar a tradição, quero desejar-vos, a todos e a cada um de vós, festas felizes! Principalmente (...)