Mandam nos espaços verdes, citadinos, enquanto saltitam e debicam entre as linhas cruzadas do dia que passa. Insaciáveis na busca do algo mais, são fidalgos do sol que abate a brancura das pedras das casas e dos telhados de cada nação. Solenes, mandam discretamente (...)
É este o tempo. O sol não se acanha e o vento já não tem mais flores para derrubar. Vamos por aÃ, os dois. Levarei cerejas. No vermelho que nelas se exalta e que levas à tua boca, prova em mim toda a sua vincada simbologia, toda ela feita quem eu sou. Deixemos vazar (...)
Corre solto, com estrondo, Num ribombar pesado de trovão Que esmaga trilhos vazios da pegada humana. Na poeira que se eleva ao vento seco, desbrava planÃcies, EspÃrito selvagem, apressado, Desenfreado, Em espaços indomáveis como a herança que carrega. Quando acelera (...)
O fim de tarde pousa para lá da janela aberta, feito cetim que sustenta nos braços o cantar das aves que regressam às copas das árvores. O ar faz-se leve, fresco, como uma manta onde se sentam os risos despreocupados das crianças que brincam na praceta, enquanto (...)
 Patrulha as ruas e os rios, esta minha vontade de ti. E não te vejo. Vê-te a chuva que cai dócil e embriaga instintos que vêm de muito longe. Vê-te o vento quente que traz com ele o calor amante do deserto e te desfaz em desejos que te quebram por dentro. Vê-te a (...)
Um dia partirei à toa, à descoberta do ponto cardeal que me faça ser poema. Pelo caminho ficarão os ruÃdos sem som, os acasos sem sentido, as horas inundadas do quase nada. Irei pelo caminho solto, alcatrão ao sol, sombras e sinais à aventura. Balão solto que se (...)