Pela manhã bem cedo, enquanto à janela da cozinha espreitava como estava o tempo, tive a alegria de vislumbrar algo que adoro e não esperava encontrar: andorinhas! Um pouco desconfiada por vê-las nesta altura do ano, e a pensar se não seria outra espécie, concluí (...)
Não longe daqui há um jardim. Na lagoa ensolarada, Onde caiem sombras nómadas e folhas impávidas, Cismam os patos, as rãs, Os nenúfares rijos e sagrados, coroados por libélulas vadias. Tartarugas aos montes trepam pedras redondas, Quentes no calor cru do sol. Bancos (...)
Estou à janela em jeito de pausa dos meus afazeres domésticos quando passa bem perto de mim uma borboleta branca. Depois vejo três mais adiante, rodopiando entre si, leves, felizes e embaladas na aragem que passa sobre o relvado verde e cerrado. Simultaneamente frágeis (...)
Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança. (Hemingway, Ernest)