Dá-me a tua mão. Deixa-me levar-te lá fora onde a noite se mostra. No horizonte, uma lua cheia sobe magnífica num céu de seda. Uma brisa morna sopra alto para lá dos cumes das serras embaladas na imensidão, onde as aves dormem das horas passadas. As águas do riacho (...)
Hoje mimo-me. Nada conta, tudo vale. Desprendo de mim o dia que lá vai, da mesma forma que desprendo de mim as roupas que me envolvem o corpo. Acendo uma vela e relaxo num demorado banho de imersão após o qual, aconchegada na toalha de banho, delicio-me com um chá ao (...)
Aconchego-me no vagaroso acordar, sob o intenso sossego da hora que é feita de madrugada! Respiro a serenidade do começo do dia, quando tudo repousa fresco, arrumado, leve e limpo. Quando o mundo desperta aos poucos do seu silêncio para lá do horizonte, e os cheiros da (...)
Não te esqueças de me lembrar. Não te esqueças de te lembrar que o mesmo céu nos abraça, que o teu sol entrega-se em mim, e que na noite partilhamos estrelas. O mundo avança e nele avançamos juntos. Neste momento, civilizações crescem. Filhos dão os primeiros (...)
Verão. Muito calor. Ar estagnado, pesado. Paira um silêncio estranho na rua deserta, nos campos secos, entre os pinheiros enfezados nos montes escuros que rodeiam a aldeia. Sentei-me no banco de azulejos coloridos enquanto me preparava para saborear um chá. (...)