As Partes de Um Todo
I
Que apesar dos desafios e dos cansaços, sejamos capazes de reconhecer (e apreciar) o que de bom há em redor de nós. Há sempre muito mais do que somos capazes de ver...
Que apesar de todas as vicissitudes, sejamos capazes de encarar cada coisa boa que nos acontece como uma espécie de presente que nos é dado, não um presente qualquer mas um presente muito especial, de grande valor e qualidade, vindo de alguma identidade que sabe muito mais do que nós e que sempre se faz presente.
Às vezes, os dias tornam-se muito, muito dolorosos. Quando tal acontecer, que sejamos capazes de encontrar forças para realizar as tarefas que têm que ser realizadas nesse dia. Não importa de onde essa força venha. O importante é que, nesses dias, essa força se torne toda ela a nossa fé, conforme as crenças e convicções de cada um. E esse dia passará - como tudo passa, aliás.
E depois, nas profundezas do silêncio do tempo, existem os dias amenos e prósperos, quando tudo fica melhor que antes.
II
... e quando tudo estiver melhor que antes, mesmo que seja apenas só um pouco melhor, quando a noite for solene e tiver nela tantas estrelas quanto belas promessas prontas a ser realizadas, nessa altura, perdoa-te a ti mesmo e perdoa-me a mim também.
Depois dá-me a tua mão, o teu abraço, o teu olhar e o teu mistério. O teu beijo. Tudo fará sentido nesse momento e seremos nós outra vez, como no princípio de todos os princípios: alma velha, alma gémea.
"Meu" alma gémea de olhos imensos como o espaço entre corpos celestes...
Aí sim, na noite solene concretiza o nosso finalmente: deita-te comigo e ama-me. Ficaremos completos. As partes de um todo.