Estação Cor de Fogo
É único sentido
O que o outono derrama
No aconchego de douradas tardes
E nos cobres alaranjados da luz.
São doces os abraços
Das meigas e cálidas horas
Que se perdem nas folhas secas,
Filhas de um tempo maior.
É refúgio da brisa que sopra morna,
No cair dos beijos teus que quero quentes em mim
Em outonais entardeceres de ouro.
Nos dias curtos dos embalos dados,
Na dormência da meia-estação,
Passam perenes pelos passeios
passos teus,
Na estação cor do fogo.
É entrega, embalo,
Nas noites paradas de veludo
Sonhos de outono, os meus.