FOLHEIO-TE
És como um livro. Procuro-te na hora calma em todos, cada dia. Quero ler-te, perder-me nas palavras macias tuas em doce papel, parte de mim, também!
Imagino a tua figura feita a capa que devagar, olho, acaricio. Os sentimentos que, sem saberes, me despertas, são as páginas que devagar folheio, com dedos pousados de calma. E envolvo-me em ti, na forma das letras solitárias como tu, nobres, nessa essência tua, de simplicidade, intensidade. São entrelinhas, desabafos, desejos, memórias, todo o desenrolar de ideias tuas. Voltaste a mim.
A cada nova palavra que de ti cai em sincero sentir, prendo-me eu, mais e mais, submissa sempre a esse mistério, que és tu e que faz de ti obra completa de nobres capítulos que seguro nas mãos e aperto ao peito. És todo esse livro de vivas folhas onde, com simplicidade única, expões sentimentos, todo um lado humano de todos nós. É esse meu lado humano, solitário,
amante da tua escrita, das tuas ideias, que te procura, adora, quer por perto, sempre. Leio-te, assumida fã.