O Que Resta
Deixo-te partir na vastidão calada do fim de tarde, ou na envolvência do calor que só a mim pertence - porque tu não o compreendes.
Do que foi e que já não faz sentido, recolho apenas o teu nome, e deixo-o permanecer num vago deambular por espaços ocos do tempo que é agora passado.
Talvez um dia eu me lembre de ti, mas sei que nessa altura esse nome que é teu será apenas sombra, nostalgia, eco e beco. Afinal, a tua palavra não é só uma, e já nem preciso que o seja. Já não.
Mas quero-te bem, e sei que há um caminho que te pertence, que te espera, e que será por ti facilmente alcançado. Ficarei feliz quando tal acontecer, se eu sou Alma Pura, tu és alma livre.