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Sílabas à Solta

POESIA | PROSA POÉTICA

Sílabas à Solta

POESIA | PROSA POÉTICA

Imensa Noite

04.11.20 | Sandra

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As horas há muito que partiram para outras esferas, desfizeram-se como poeira cósmica que se eleva ao céu, deixaram para trás o dia, os ventos e as vozes. Agora permanecem só os sons da noite, do embalo, da cadência e da rendição ao infinito, ao mistério que me cerca.

Sento-me nos degraus de madeira que descem do alpendre. Abstraio-me dos passos dados até este momento, e deslumbro-me com a soma dos tremores de milhares de luzes que cobrem todo o firmamento.

Só quero este caminho, que me deixa divagar entre colossais estrelas, planetas, galáxias que brilham com toda a força do acreditar sem tempo. Rodas que giram sem nunca parar.

Tudo é intenso, poderoso, misterioso, como a tua mão que envolve a minha. É apenas mais uma noite, a noite que me leva a mim mesma, sacode para longe limites e permite-me, por horas, amar livre o sonho que é a vida e o sentir. E a ti, sempre tu, dono de brumas.

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