Luz Despida em Mim
Anseio-te e alegro-me nas palavras que escreves, como se nelas bebesse o ânimo que me ilumina. Porquê este meu sentir que se deita sem porquês em ecos vazios de sentimentos teus? E ainda assim procuro-te sempre, tão presente que pareces estar na luz que desmente o meu escuro. E se fosses sol, lua, outras estrelas? Eu? Seria apenas mariposa que persegue a claridade que deixas caída pelo teu caminho feito de noites, mistérios e brumas...
Nem sei outro rumo senão caminhar em procura de ti pelos espaços das horas todas que te pertencem, e que tomo como minhas! Oxalá soubesse eu agir de outra forma! Mas na tua luz tão própria tornas-te oculto, subtileza, beleza, iluminado. No teu dom brilham palavras que me entorpecem, seduzem, atraem e desarmam como lâmpada que me aconchega no escuro da noite, e da qual não consigo afastar o meu olhar, porque gosto da sua claridade e brilho. Porque é que te quero tanto assim, como luz despida em mim?