Flor
Flor,
De que madrugadas nasceste tu,
Para em rasgadas manhãs sem cor
Cuidares do embalo das aves que no alto voam?
No sol que quebra as frescuras do orvalho,
Danças nas pétalas que giram em palavras tuas,
Com sabor a perdidos prados
E caminhos de fim de dia.
Sendo tu flor,
Entregas-te a mim, alma de vento, raízes-sol,
Amim que não te colho!
Se por inteira te amo, deixo-te ficar.
Pertences ao campo.