ODE AO VERÃO
Dá-me a mão. Há jardins iluminados por archotes acesos na noite. Leva-me por esses caminhos onde árvores em flor exalam no ar um doce perfume que se embrenha em nós. Em noites quentes como esta, orquestras tocam notas que brilham como reflexos dourados na superfície do lago. Dançamos? Embala-me na cadência da música que lembra o som da água fresca que jorra das fontes iluminadas.
Dá-me a mão... há lanternas penduradas em arbustos frondosos e perfumados, perto de bancos de pedra trabalhada. Sentas-te comigo? Olha como a noite é quente e gentil! Não há nuvens, não há vento! O calor que do meu corpo emana é como o luzir de pirilampos nesta alma minha que te quer. Nada mais hoje há senão esta noite nossa, ode ao verão, onde a lua conta segredos seus às estrelas. Dá-me a mão.