Onde Há?
Não quero um amor qualquer!
Quero amor de estrofes, rimas!
Desconcertante, confortante,
Sem floreados nem alinhavos, ou ponteados...
Quero um amor assim!
Ofertado, feroz, feliz, rasgado.
Meigo, arrebatado!
Um supremo cruzar de almas
Ou um cruzar de corpos roucos, marginais,
Vadios na noite perdida!
E no racional do dia,
Ser amor, ser poesia,
Escrita à secretária no sombrio da noite.
Das brumas caídas nas manhãs
Não vem sentimento esse,
Que de ti para mim um dia tanto quis...
Onde há amor assim?