Procura-me
As aves já me falaram de ti com a mesma certeza que adivinhas em mim, e em passos indecisos chego agora à tua escrita de pedras soltas e brumas.
Leio-te. Sou puxada a um abraço teu feito de intuições e, tímida como brisa na tarde, deixo-te as minhas primeiras entrelinhas. Mostra então que me ouves, quando nenhum som dos meus lábios é emitido senão o das estrofes que caiem como roupas ao chão. Mostra que me ouves...
Procura-me e eu procurarei por ti também, até te encontrar enfim...