Procuro-te
Pressentimentos levam-me a ti. Em passos indecisos chego ao teu nome. Tímida, deixo-te palavras fugazes. Sempre tu. Nem sei outro caminho que não este...
Estou aqui, dentro de um silêncio que é todo teu, quando o sol espanta o fluir da escrita que se dissolve nua no papel.
Pressente-me. Procura-me. Lê-me nas evidências escondidas. Sou o não dito, os sentimentos derrubados como sílabas à solta em entrelinhas disfarçadas de nada.
Chama-me naquele segundo efémero em que a poesia e prosa se entrelaçam, e o amor se cumpre. Um apelo teu feito flor do campo que me envias. Guardarei na minha pele cada pétala caída das palavras que me deres.
E procuro-te, procuro-te sempre.