E não preciso de nada mais, Mesmo se eu fico E tu vais! Desde que haja um retorno, Dormir e acordar No meio de um sonho, Entre abraços teus De cores estivais, Risos nascidos Em palavras banais, Desde que a dança se dance noite fora, Deixar a pressa cair, Partir, Ir (...)
Cabe na Poesia o sonho, Os caminhos e as estrelas, Os silêncios dos abraços, As crianças e esperanças, Todas as pedras das pontes, As gentes, os horizontes As lutas da Humanidade, E as vitórias do dia. Cabem na Poesia Os provérbios antigos, As grandes invenções, Le (...)
Olá, como estás? Sim, sou eu, Do outro lado do espelho. Tu não me vês quando vês nele os teus traços, Mas sim, estou aqui! Olá, como estás? É sempre um prazer encontrar-te, Quando fascinado te olhas Neste reflexo prateado! Tu não me conheces, Somente a tua imagem, Q (...)
Hoje, abraço-te. Abraço-te num abraço sem planalto nem cansaço, Flores soltas, Beijos carregados na euforia de um regaço Onde pousam conjugações já nossas. Abraço-te, Na certeza de que fazes parte das sílabas que solto na escrita, Numa equação voraz de vontades (...)
Se eu for ter contigo, Abraças-me? Deixas que os nossos corpos Juntos nesse enlace Esqueçam os olhares curiosos de quem por nós passa E se juntem ainda mais Na ansiedade muda um do outro? Se eu aceitar dar-te a mão, Levas-me pelas ruas abertas A ver casas, montras e (...)
Tenho uma interpretação muito singular (e não será das mais bonitas) acerca da época festiva vivida em torno do conceito de Natal. Ainda assim, e não querendo quebrar a tradição, quero desejar-vos, a todos e a cada um de vós, festas felizes! Principalmente (...)
Permanecemos na luz branca e dócil que abraça o salão, enquanto lá fora, indiferente à nossa conversa, a vida prossegue pelas ruas atarefadas do dia novo, ainda sem dono. De tudo falamos: de mistérios que não se podem explicar, porque só podem ser sentidos por quem (...)
Sinto-te novamente parte dessas brumas que parecem ter-te acompanhado de muito longe, até ao aqui e ao agora, para depois, quando finalmente te tinha reconhecido, levarem-te de novo para longe, com elas. Em tempos chegaste altivo, Vagabundo assumido como o último dos (...)
Desenha-me na tua folha De papel branco, liso, Sentido; Desenha-me nua, Crua, tua! Traça os meus traços, Desejos, abraços, Pedaços, Nas paletes tuas E pinta-me Com as cores que tu quiseres! Azul céu, mar seda de oeste; Amarelo girassol, tom mulher; Verde folha, campo poema; V (...)
Há muito que a noite quente tinha enchido de estrelas e poesia a superfície lisa do lago. Quando os ponteiros do relógio marcaram a hora certa, traças voaram como folhas de árvore ao sabor da brisa morna, e eu soube que estarias lá à minha espera. Era como algo (...)