No acordar vagaroso do dia, Quando as horas ensonadas Permanecem ainda deitadas Na friagem da manhã virgem, Vejo-te chegar, Olhar pleno, astuto, Cabelo sem rumo, A lembrar o mar impulsivo em dias de temporal. Abraças-me num momento cheio de cores e arabescos, Onde (...)
Pinto-te de poesia (Daquela feita de arabescos) Completa em luz, Como quando se pinta um pôr-do-sol. Pinto-te com a frescura de um amor, De saudade salpicado, Azulado, Como o céu enlouquecido num mar aceso. Pinto-te com as carícias demoradas Exultantes, exuberantes, De (...)
És como um livro cheio dos arabescos do mundo. A capa, figura tua, que aprecio, estudo, avalio. As páginas, pedaços teus feitos papel de lua, onde palavras são constelações, e pontuações fugazes cometas. Em dedos de cuidado, folheio-te, página a página, letras (...)