Balouço-me nas horas gentis plenas, agrestes, que desconhecem Tempos e sentidos. Como cartas ao vento balanço em sorrisos abraços, promessas, palavras silvestres que, como ervas do campo, se balançam no sol adocicado da tarde transparente. Subo ao alto, destemida, atir (...)
Acorda-me a chuva vagarosa, lenta, a cantar poesias sobre os campos que se estendem vagos, para lá da praceta bem cuidada. Ervas e flores acomodam as suas raízes e compõem as suas folhas, para receberem as notas musicais cristalinas que a chuva delicada traz. Calam-se (...)
Aos vastos campos a perder de vista, quando neles a erva ondula no dourado da tarde e, no céu alto, enquanto árvores dormem na preguiça da tarde, aves peregrinas voam: Nunca cedes, erva do campo! Nada te derruba, como se fosses pedra em muralhas de lendários castelos! (...)
Renovo-me ao caminhar por extensos campos. Neles, sou todos os sonhos possíveis. E bebo, deliciada, a liberdade do ser e do estar - como se tudo o que menos bom há, não tivesse lugar em toda aquela vastidão. Em tardes douradas de sol quente, no céu alto voam as (...)
Flor, que em fogo efémero cativas as cores do campo, de que manhãs sem cor despiste tu perfumes esses sem fim? No sol que tomba frescuras de orvalho contas tu, flor, mistérios sentidos de tempos idos, pois de tão longe vieste... Flor, que em escondidos sorrisos cuidas (...)