Manhã que chega à minha praceta, segura de si, sem vento nem frio. Sobe o sol imenso acima da linha dos telhados e ocupa todo o campo que se espalha para além do jardim bem cuidado. Recomeça a vida no tiquetaque regular dos ponteiros do relógio, cúmplice da manhã (...)
Tens pairado por aqui e por ali, alheia aos perfumes das gentes, aos cães que correm rua abaixo, aos comboios que sonham em cima do silêncio dos carris. Conversaste com todas as flores do campo e dormitaste no jardim bem cuidado. Viste a manhã chegar sobre os casebres (...)
Hoje mimo-me. Nada conta, tudo vale. Desprendo de mim o dia que lá vai, da mesma forma que desprendo de mim as roupas que me envolvem o corpo. Acendo uma vela e relaxo num demorado banho de imersão após o qual, aconchegada na toalha de banho, delicio-me com um chá ao (...)
Não te esqueças de me lembrar. Não te esqueças de te lembrar que o mesmo céu nos abraça, que o teu sol entrega-se em mim, e que na noite partilhamos estrelas. O mundo avança e nele avançamos juntos. Neste momento, civilizações crescem. Filhos dão os primeiros (...)