Se eu pudesse levava-te um pedaço de mar. Não um mar qualquer, mas aquele mar que é cada traço da palma da tua mão. E é teu esse mar, essas praias que vezes sem conta percorreste. É teu e só teu, de hoje em diante, para sempre. Nele és rei, dele és rei. E não (...)
Não há grão de areia que não conheça o peso dos teus passos, nem gaivota que não reconheça a tua silhueta contra o céu aberto que te vê passar. O mar conhece-te bem. Não um mar qualquer, mas esse feito de águas vivas, marés temperamentais, que facilmente se (...)
Está frio. O mar apresenta uma tonalidade que faz lembrar o chumbo derretido. No areal de aspeto triste, vago, só algumas gaivotas meditam a tarde cinzenta. Não estou lá mas sei. Sei que antes de caminhares pela praia desolada, estiveste ausente de ti, perdido nos teus (...)