Num silêncio sem nome, Esquece a noite as suas origens, Esquece desígnios escritos a rigor, E todos os lugares maiores do que ela. Num silêncio sem nome, Perde a noite o seu rumo; Abdica dos Deuses do Mundo E deixa cativos os recados Aquele que se esconde para além Do (...)
Há mistérios que chegam na hora certa. Trazem com eles o espanto das coisas belas e as certezas que só raramente são alcançadas. Às vezes, uma única vez em toda a vida. São aqueles que ainda hoje percorrem com a sua própria calma toda a vastidão do universo que (...)
Há letras que aparecem pela calada da noite, quando lá fora tudo é silêncio e o tempo está suspenso no frio. Chegam devagar, de forma aleatória, e sentam-se à minha volta. Primeiro uma única letra, tímida, solitária, sem pressa; depois, outra. E outra. Aos (...)