DESPERTA
23.01.21, Sandra
Acorda-me a chuva vagarosa, lenta, a cantar poesias sobre os campos que se estendem vagos, para lá da praceta bem cuidada. Ervas e flores acomodam as suas raízes e compõem as suas folhas, para receberem as notas musicais cristalinas que a chuva delicada traz. Calam-se ao vento que pousa memórias pelos carreiros de terra batida, e delicadas e humildes, escutam as gotas finas e frágeis que se deitam risonhas, um pouco por toda a paisagem. Nas árvores nuas da praceta, alguns melros e (...)