Saltita o cão entre as horas novas de um ano também ele novo. Ignora a data impressa no jornal pousado no banco, ao lado do seu humano. Ignora as decorações penduradas nas janelas e na rua, bem como toda a azáfama fora do normal à qual ele assiste à sua volta. São (...)
O regresso... Férias. Perto, cercando ao alto a aldeia, montes imensos, cobertos de pinheiros, eucaliptos e calor impiedoso. Casas bem pintadas, adornadas nas suas cores, a brilhar vaidosas no branco brilhante do verão. Ruas empedradas, cheias de arbustos, flores e (...)
Agora sim, tenho a certeza de que vieste com as brumas vagabundas que encobrem as manhãs ainda tímidas. Não sei bem de onde vieram essas névoas rasgadas que te trouxeram com elas. Talvez do outro lado do oceano, onde as cores são vivas, o verão parece eterno e as (...)
Ao fim do dia, quando tudo é escuro e mistério, sonhos parecem sentar-se em frente ao crepitar de uma fogueira. Nas fagulhas que estalam desordenadas no ar, os sonhos veem todas as estrelas do firmamento, todos os ventos que varrem a Terra, todas as grandes montanhas (...)
Aguardo-te em cada neblina que sobe, onde pinheiros e eucaliptos sopram murmúrios de musgo. Chegaste de longe, quando o Tempo era um só, e os dias sempre se uniam às noites na mudança das estações. Nesses tempos distantes, músicas ecoavam no firmamento e (...)