Se me encontrares Escreve o meu nome Sobre todos os telhados da cidade Que abrigam ninhos de andorinha E sobre as águas-furtadas de janelas abertas à claridade do rio, Onde o sol catita se senta a ouvir o alegre assobio de algum apaixonado que passa. Escreve o meu (...)
Hoje não há brumas, Nem limbos ou etéreos! Vem então, que eu estou perto! Passeia comigo, Caminha a meu lado Por ruas pintadas de sol, Caminhos estreitos Cheios de cor e janelas abertas, E dos odores de flores, Ervas aromáticas, De roupa lavada, E comida ao fogão... Vem! A cidade é tua, mostra-ma:
Exibe-se orgulhosa a ponte, resistindo com firmeza aos vagares da passagem do tempo, às estações do ano que deixam as suas marcas, a toda uma história e simbologia. Anfitriã boémia e marginal, acolhida pelas almas de poetas, fotógrafos, fadistas, amantes e pintores, (...)
Patrulha as ruas e os rios, esta minha vontade de ti. E não te vejo. Vê-te a chuva que cai dócil e embriaga instintos que vêm de muito longe. Vê-te o vento quente que traz com ele o calor amante do deserto e te desfaz em desejos que te quebram por dentro. Vê-te a (...)
Aves mensageiras voam em bandos soltos pelas ruas. Sobrevoam telhados poeirentos e percorrem interrogações tombadas ao vento. Sou dona de todas as palavras que transportam, e a todas elas eu mando chegar a ti. Dia após dia, no desenrolar silencioso do tempo, quando a (...)