É o teu olhar, tão cheio dos reflexos do mar quando o sol nele embate desejos e devaneios. É a tua voz, espiral de impulsos e infinito, que ressoa dentro de mim como jacarandás em flor, cascatas frescas de poesia, prosa e verão. É esse teu jeito, jeito de quem (...)
Deixa-me ser sentido proibido, sentido obrigatório, sentido sem sentido entre todos os teus sentidos. Deixa-me fazer parte dos caminhos imaginários que encurtam as distâncias que nos separam, para me fazeres poema só teu. Torna-me todos os verbos que se passeiam (...)
Se eu for ter contigo, abraças-me? Deixas que os nossos corpos juntos nesse enlace Esqueçam os olhares curiosos de quem por nós passa E se juntem ainda mais Na ansiedade muda um do outro? Se eu aceitar dar-te a mão, Levas-me pelas ruas abertas A ver casas, montras e (...)
Pressentimentos levam-me a ti. Em passos indecisos chego ao teu nome. Tímida, deixo-te palavras fugazes. Sempre tu. Nem sei outro caminho que não este... Estou aqui, dentro de um silêncio que é todo teu, quando o sol espanta o fluir da escrita que se dissolve nua no papel. Pressent (...)
E foi Primavera outra vez, Com as sombras das nuvens a passarem ligeiras por campinas cheias de verde, E o negro das asas das andorinhas a rasar o branco dos campanários da aldeia. Resquícios do inverno ainda se faziam sentir na dormência da madrugada orvalhada, E (...)
O nevoeiro murmura palavras que me levam a ti, palavras com uma sonoridade ímpar que ressoa de tal forma pelos cantos do mundo que jamais deixará de ser ouvida. Conheço-te bem, desde tempos já há muito esquecidos porque há muito que deixaram de ser contados pelo (...)