Hoje não há brumas, Nem limbos ou etéreos! Vem então, que eu estou perto! Passeia comigo, Caminha a meu lado Por ruas pintadas de sol, Caminhos estreitos Cheios de cor e janelas abertas, E dos odores de flores, Ervas aromáticas, De roupa lavada, E comida ao fogão... Vem! A cidade é tua, mostra-ma:
Dormem as horas na noite avançada. Apenas o silêncio solene do universo faz-me companhia. Leio-te, gosto de o fazer pela calada da noite plena. Sabes que o faço sempre, não sabes? Ler-te, mesmo quando nada te digo? Sim, não será segredo esse meu vício vagabundo... A (...)
A lua trespassa estrelas. Na solidão da noite, entrego-me a elas e nada sou mais além do que tua. Em horas soltas, presas ao teu Tempo, ouço-te. São ecos teus que ressoam em mim as dúvidas que tens. Dou-te o meu amor, frágil, algo cristalino e vadio. Toda eu sou tua (...)
Estás sempre em dias como o de hoje, quando a chuva cai destemida e incessante ao passar das estrofes num papel rasurado. Nestes dias, veste-me a nostalgia com o cinzento macio do firmamento, e o vento acalma-se enquanto pousa as mãos nos meus ombros promíscuos, num (...)