Leio-te nos livros que leio! Andas por lá entre linhas, Impasses, Ideias, cautelas. Um pouco de ti, Tu todo, por inteiro, Em livros grandes, Pequenos, Velhos, Ou novos em folha! Leio-te nos livros que leio... E de lá, Das profundezas desses livros, Lês-me tu também, En (...)
És como um livro cheio dos arabescos do mundo. A capa, figura tua, que aprecio, estudo, avalio. As páginas, pedaços teus feitos papel de lua, onde palavras são constelações, e pontuações fugazes cometas. Em dedos de cuidado, folheio-te, página a página, letras (...)
A tarde vai a meio. Os raios de sol entram pelas cortinas leves e ondulantes para pousarem no verde das plantas junto à mesa. É neste altura do dia que a sala ganha uma claridade muito peculiar e que provoca um sedutor jogo de luz-sombra. Toda a divisão envolve-se num (...)
As aves já me falaram de ti com a mesma certeza que adivinhas em mim, e em passos indecisos chego agora à tua escrita de pedras soltas e brumas. Leio-te. Sou puxada a um abraço teu feito de intuições e, tímida como brisa na tarde, deixo-te as minhas primeiras (...)
Fim de dia na penumbra quente do quarto. Lembro-me de ti, um pensamento vivo, real, insistente. E não o afasto. O tempo parece parar dentro de mim, em meu redor, e fica só a entrega, o sentimento, a vontade. O sonho… e tu. Houve uma altura. Estivemos perto mas o tempo (...)