I Que apesar dos desafios e dos cansaços, sejamos capazes de reconhecer (e apreciar) o que de bom há em redor de nós. Há sempre muito mais do que somos capazes de ver... Que apesar de todas as vicissitudes, sejamos capazes de encarar cada coisa boa que nos acontece (...)
Eu sei que existem esses lugares secretos. Ficam para lá da hora alta da noite, do bulício das ruas e das gentes apressadas, desconfiadas até da própria sombra. Lugares que são a força motriz por detrás da nossa própria força, e que se encontram bem resguardados (...)
O Universo é o universo: sóbrio, concreto, conciso. Pura matemática, física e química. Não dá para grandes margens. É aquilo e mais nada. O Homem esse sim, movido pelo instinto de sobrevivência e pela curiosidade, procurando alcançar certezas sobre o espaço (...)
Nessa tarde, por breves instantes, consegui ter um vislumbre do teu mundo escondido da luz do dia e dos olhares dos outros. É nele que te encontras sozinho perante a melancolia das tuas recordações, o ribombar das emoções, a ousadia dos sonhos, e a liberdade da (...)
Saltita o cão entre as horas novas de um ano também ele novo. Ignora a data impressa no jornal pousado no banco, ao lado do seu humano. Ignora as decorações penduradas nas janelas e na rua, bem como toda a azáfama fora do normal à qual ele assiste à sua volta. São (...)
Há letras que aparecem pela calada da noite, quando lá fora tudo é silêncio e o tempo está suspenso no frio. Chegam devagar, de forma aleatória, e sentam-se à minha volta. Primeiro uma única letra, tímida, solitária, sem pressa; depois, outra. E outra. Aos (...)
Encosta-se o cinzento do dia ao cinzento dos prédios. Janelas abrem-se ao aglomerado de outras janelas, Abertas também, Imunes ao ruído monótono Do trânsito que se arrasta rouco Pela rigidez das horas. Avenidas de sentido único são calcadas por passos largos Que (...)
Sei onde estás neste preciso momento: nessa clareira, onde a tua mente esvoaça para o alto, muito acima das copas das árvores, e a luz morna cai em silêncio na superfície fria do lago, onde criaturas que nunca viste se escondem da tua mente na escuridão profunda das (...)
Prendem-se na teia sentimentos, O dito e o não-dito, O pensamento distraído e absorto De quem deixa a mente divagar Por espaços escondidos da alma. É um reencontro de si mesmo, Chegar a lugares que ondulam Como finos fios tecidos Num tempo e num espaço alheios ao (...)
São noites gélidas, estas. Pressentem-se pensamentos singulares que o frio sempre me traz, sentimentos chegados do passado longínquo, ao agora. É isso mesmo que acabará por acontecer, conforme a lua for subindo no céu que por ela se deixa, sem esforço e com agrado, (...)