O sol nasceu. Os pássaros voaram para cima dos telhados, ainda frios da noite que passou. As pessoas sentaram-se na esplanada para saborear sem pressa os seus cafés e croissants. Um cão deitou-se no chão entre dois suspiros e o peso da preguiça - ou da idade. Carros (...)
Eu sei que existem esses lugares secretos. Ficam para lá da hora alta da noite, do bulício das ruas e das gentes apressadas, desconfiadas até da própria sombra. Lugares que são a força motriz por detrás da nossa própria força, e que se encontram bem resguardados (...)
Manhã limpa, sem vento nem interrogações. Sobe o sol por detrás dos telhados, hoje um sol esbranquiçado apesar do calor denso. Acordam devagar as árvores coloridas, enquanto se agitam as primeiras horas do meu dia. No arrepio do sono que ainda sinto arrepia-se (...)
Se me encontrares Escreve o meu nome Sobre todos os telhados da cidade Que abrigam ninhos de andorinha E sobre as águas-furtadas de janelas abertas à claridade do rio, Onde o sol catita se senta a ouvir o alegre assobio de algum apaixonado que passa. Escreve o meu (...)
Ao viajante do mundo, a quem dedico este meu blog... Ainda não parou de chover, uma chuva vagarosa e demorada. A Serra dorme profundamente, e o mar do Guincho está parado. É fácil sentir todo o peso da noite alta e do silêncio ao nosso redor, onde sobressai o cheiro (...)
Acordas-me e acorda o dia, também! Ser assim acordada por ti é encontrar tudo como deve ser, tudo como deve estar, cada coisa no seu pleno lugar, na profunda certeza de que coisas boas acontecem! E não preciso de nada mais senão continuar a ser assim acordada por ti, (...)
Manhã minha, Tua, Da alma, da rua, Das gentes, Telhados, Gaivotas e gatos! Manhã que me acorda, Recorda, Que pede, chama, Arranca da cama, Que envolve, Revolve, E devolve A paz Num dia mais! Manhã que chega princesa No ladrar do Sol, Manhã de frescura, Palavras, ternura... (...)
Mandam nos espaços verdes, citadinos, enquanto saltitam e debicam entre as linhas cruzadas do dia que passa. Insaciáveis na busca do algo mais, são fidalgos do sol que abate a brancura das pedras das casas e dos telhados de cada nação. Solenes, mandam discretamente (...)
O regresso... Férias. Perto, cercando ao alto a aldeia, montes imensos, cobertos de pinheiros, eucaliptos e calor impiedoso. Casas bem pintadas, adornadas nas suas cores, a brilhar vaidosas no branco brilhante do verão. Ruas empedradas, cheias de arbustos, flores e (...)
Patrulha as ruas e os rios, esta minha vontade de ti. E não te vejo. Vê-te a chuva que cai dócil e embriaga instintos que vêm de muito longe. Vê-te o vento quente que traz com ele o calor amante do deserto e te desfaz em desejos que te quebram por dentro. Vê-te a (...)